sábado, 5 de março de 2011

Sobre Dub

Dub

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  • O dub surgiu na Jamaica no final da década de 1960. Inicialmente era apenas uma forma de remix de músicas reggae, nos quais se retirava grande parte dos vocais e se valorizava o baixo e a bateria. Muitas vezes também se incluía efeitos sonoros como tiros, sons de animais, sirenes de polícia, etc. Hoje em dia o ritmo dub é considerado um estilo musical, não mais apenas uma forma de remix.

    Caracterização

    O dub é caracterizado por ser uma versão de músicas existentes, tipicamente enfatizada pelas batidas da bateria e as linhas arrojadas de baixo. As trilhas instrumentais são saturadas de efeitos processados (delay e reverb) aplicados a pedaços da letra e em algumas peças da percussão, enquanto os outros instrumentos passeiam entrando e saindo da mixagem, e algumas vezes do tempo da música. Uma outra característica do dub é o baixo encorpado com tons bem graves. A música incorpora, além de efeitos processados, outros ruídos como cantar de pássaros, trovões e relâmpagos, fluxo de água, e algumas inserções de vocais externos; pode ser mixada ao vivo por DJs, aumentando o grau de detalhes sonoros.

    Versões instrumentais

    Essas versões são geralmente instrumentais, algumas vezes incluindo trechos de vocais da versão original. Freqüentemente essas faixas são usadas por toasters (espécie de oradores) em rimas expressivas e de grande impacto com letras aliteradas, que são chamadas de remixes de DJs. Como oposto da terminologia hip-hop, no dub quem comanda o microfone é chamado de DJ (também chamado de MC – Microfone Commander ou Master of Ceremony), enquanto quem escolhe as músicas e opera os toca-discos é o seletor.

    Economia

    A maior razão da produção de várias versões é a economia: um produtor pode usar uma gravação própria para produzir inúmeras versões dentro de uma única sessão de estúdio. Essas versões são também uma oportunidade para exercitar o lado criativo do produtor e do engenheiro de som. Normalmente essas versões eram lançadas no lado B dos singles, enquanto o lado A era exclusivo para o lançamento de hits.[1]

    Principais Artistas

    O produtor King Tubby é considerado o pioneiro do dub. Lee "Scratch" Perry talvez seja o nome mais famoso, enquanto o inglês Mad Professor é um dos maiores produtores atualmente.
    Mrom é o autor da versão dub de "One Love", de Bob Marley. Inclui duas versões diferentes, com modificações leves (LSD Version) e pesada (Extra Lysergic).
    Listagem dos principais artistas internacionais
    Augustus Pablo
    Asian Dub Foundation
    Bandulu Dub
    Burning Babylon
    Bush Chemists
    De Facto
    Doctor Echo
    Dreadzone
    Dub Division
    Dub Is A Weapon
    Dubmatix
    Dubconscious
    Dub Deluxe
    Dubfire
    Dub Is A Weapon
    Dub Trio
    Dub Division
    Dub Wiser
    Fat Freddy's Drop
    Harry Mudie
    High Tone
    Kanka
    Katchafire
    Keith Hudson
    King Earthquake
    King Tubby
    Jah Shaka
    Joe Gibbs
    Linton Kwesi Johnson
    Prince/King Jammy
    Mad Professor
    Mikey Dread
    Ott
    Prince Far I
    Satori
    Scientist
    Lee "Scratch" Perry
    Salmonella Dub
    Sly and Robbie
    Vibronics
    Yabby You
    Zion Train
    Eek-A-Mouse
    Alpha & Omega

    Dub no Brasil

    As primeiras canções em ritmo dub feitas no Brasil foram lançadas pela banda Paralamas do Sucesso, no disco Selvagem?, em 1986. Eram as músicas "Teerã Dub" (versão dub de "Teerã") e "Marujo Dub" (versão dub de "Melô Do Marinheiro").
    Na década de 90 mais bandas visitaram o estilo.
    Em 1994, a banda carioca O Rappa lançou seu álbum de estréia, que trazia canções dub. O estilo da banda traz bastante influência do dub, principalmente nos shows, onde fazem ao vivo versões dub de suas canções.
    Outra banda bastante influenciada pelo dub foi Chico Science & Nação Zumbi. Embora possa ser difícil identificar quais canções da banda trazem influência de dub, ela é bastante evidente em faixas como "Côco Dub" e "Dubismo".
    Em 1999, a banda Cidade Negra lançou o álbum Dubs, talvez o primeiro álbum lançado no Brasil só com músicas em ritmo dub. O disco vinha acompanhado da compilação chamada Hits, que trazia relançamentos das canções de maior sucesso dos discos anteriores. Nos discos posteriores da banda, várias canções passaram a ter bastante influência do dub.
    Outras bandas que lançaram músicas em ritmo dub no Brasil foram Djambi, Echo Sound System, Canamaré, Skank, Reggae B, Iriê (com versões dub remixadas por Ricardo Vidal - técnico de som do Rappa - e Nelson Meirelles - integrante do Digital Dub e quem produziu os dois primeiros discos do Cidade Negra). Também as bandas gaúchas Profetas de Zion e Ultramen (com as canções "Estrada Perdida Dub" e "Máquina Do Tempo Dub"), e o grupo de rap Face da Morte.
    Recentemente surgiu um certo interesse pelo dub no Brasil, o que fez surgirem algumas bandas especializadas nesse estilo, como Dubtribe Sound System.
    Scracho e Forfun são duas bandas da atualidade que têm começado a incluir o Dub em seu rock.
    No Rio de Janeiro, o primeiro sound system especializado em dub foi o Digitaldubs, criado em 2001 por MPC, Nelson Meirelles e Cristiano Talkmaster. Na Bahia, o dub é representado pela banda Dubstereo Sound.

    Dub em Portugal

    Em Portugal, o dub apareceu discretamente, tomando apenas nos últimos anos um lugar de larga escala no cenário musical português, em grande parte graças ao hipe que se gerou no grande público em torno do reggae.
    Contudo muitas bandas já incorporavam elementos dub nas suas músicas. Bandas como Blasted Mechanism, Primitive Reason, Kussondulola há mais de uma década que se afirmam inspirarem-se no dub para a criação das suas músicas.
    Atualmente, esta vertente musical é seguida por bandas como Three and Quarter, Green Echo, Bandulu Dub e Rising Echo.
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